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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sem-terras invadem fazenda no município de Batayporã


Na manhã deste sábado (14) cerca de 250 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Ruraisa MS-134, há cerca de 10 quilômetros da sede do município de Batayporã, sentido ao antigo Porto São José.

Os manifestantes, que pertencem ao Acampamento Florestã Fernandes, afirmaram ao Nova News, que a invasão faz parte das atividades realizadas pela classe durante o período denominado "Abril Vermelho", no qual a luta pelas causas dos sem-terras se intensifica em todo o Brasil.

As lideranças das famílias acampadas na fazenda elaboraram uma série de reivindicações que serão encaminhadas na segunda-feira (16) para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e para o Governo do Estado. Ainda de acordo com os acampados, não há prazo para que a fazenda seja desocupada.

No mês de abril de 2010, outra invasão foi registrada em Batayporã, quando cerca de 300 famílias ocuparam a Fazenda Primavera. Eles permaneceram no local por vários dias e só saíram após uma série de negociações.

Abril Vermelho (*)

Pará, 17 de abril de 1996.  Após diversos apelos sobre a necessidade de uma urgente reforma agrária, cerca de 2500 pessoas partem, em marcha, de Marabá a Belém. No trajeto, decidem fechar a rodovia federal pela qual transitavam. Prontamente a polícia chega ao local e um acordo se estabelece: os manifestantes liberariam a via assim que ônibus chegassem e os levasse a Belém.
O que inicialmente parecia um acordo pacífico se transformou no que o MST definiu como catástrofe. Cerca de 200 policiais, armados e sem identificação, chegariam dos dois lados da rodovia e encurralariam os manifestantes. Em meio a bombas de gás lacrimogêneo e tiros, houve o saldo de 19 mortos naquele dia e mais três óbitos de pessoas feridas em combate. Este episódio ficou conhecido como o Massacre de Eldorado dos Carajás.
A repercussão nacional e internacional levou à desapropriação da fazenda da Macaxeira (hoje assentamento-modelo do MST e reivindicação da época), deu surgimento ao dia internacional da luta pela Reforma Agrária.
Para denunciar a desigualdade do campo e manter a tradição de sua história, o MST, todo mês de abril, intensifica suas ações, ocupando terras improdutivas ou passíveis de reforma. Esta movimentação recebeu o nome de "Abril Vermelho". (* Com informações do MST).

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