A micose de unha é uma dermatose incômoda e antiestética
que afeta os pés, principalmente, mas que pode também estar presente nas mãos.
Trata-se de uma infecção por fungos que se alimentam da queratina, presente na
pele e unhas. Em geral, o paciente primeiro adquire a micose na planta dos pés
e, após um período variável de tempo, devido às condições favoráveis para o
desenvolvimento desses fungos (sapatos fechados tornam o ambiente quente e
úmido), eles acabam por atingir também as unhas.
O problema em relação a essa doença é que o tratamento é
longo (média de 12 meses para os pés e quatro meses para as mãos) e os
resultados demoram a serem percebidos, levando muitas pessoas a desistirem de
se tratar. Além disso, alguns pacientes apresentam condições que dificultam o
seu tratamento, o que prolonga ainda mais este período. Elaboramos este post
com dicas do que fazer para evitar a reinfecção e sinais de que a sua micose de
unha é de tratamento mais complicado.
Como reconhecer o problema?
A micose de unha geralmente se manifesta com manchas brancas
na superfície ou embaixo da unha, espessamento da pele sob a unha e da lâmina
ungueal em grau variável. Além disso, alterações da coloração podem acompanhar
os achados anteriores, variando do branco-amarelado ao acastanhado e até preto.
Sempre que observar esse tipo de alteração nas unhas é aconselhável procurar o
dermatologista para iniciar rapidamente o tratamento, uma vez que a doença mais
avançada tende ser mais difícil de tratar. O melhor tratamento vai ser indicado
pelo médico dermatologista e pode consistir de medicações orais, locais ou uma
associação de ambas.
Quais os sinais de que o tratamento vai demorar mais?
Os sinais mais importantes que indicam uma maior dificuldade
para tratar a onicomicose são: a doença está na lateral da unha e chega até a
região da cutícula, intenso descolamento da unha em relação ao leito e quando
temos unhas muito espessadas.
Além disso, pacientes que apresentem um crescimento mais
lento das unhas - devido a problemas como: hipotireoidismo, doença vascular
periférica, diabetes ou simplesmente idade avançada - têm uma maior
suscetibilidade para o surgimento da infecção e, uma vez presente, uma maior
dificuldade no seu tratamento.
Pacientes do sexo masculino, imunossuprimidos e com doenças
associadas que impedem o tratamento oral, também terão uma maior dificuldade de
tratamento. Os fungos dermatófitos são mais facilmente eliminados que as
leveduras e estas, por sua vez, do que os bolores. Portanto, o tipo de fungo
que está envolvido também ajuda a estimar o tempo de tratamento e o que esperar
dele.
O que fazer para evitar a reinfecção?
Após fazer o tratamento da micose, é importante tomar alguns
cuidados: secar bem os pés antes de calçar os sapatos, limpá-los muito bem e
deixá-los no sol, usar talcos antifúngicos para evitar a contaminação e ficar
atento a qualquer sinal de retorno da doença.
ESCRITO POR: Tatiana Gabbi Dermatologia
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