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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Três Lagoas é destacada na Globo como cidade que mais atrai trabalhadores no Centro Oeste


Nos últimos anos, o perfil do trabalhador brasileiro mudou; profissional qualificado, ele está deixando as capitais ou a cidade natal em busca de oportunidade e de melhores ganhos no interior. E Três Lagoas, a 2ª cidade que mais gera emprego no Estado, sendo a celulose responsável por mais de 7 mil trabalhadores, é um dos destinosA qualificação profissional e melhores oportunidades em outras regiões estão promovendo uma mudança do perfil do trabalhador brasileiro, que agora, ao contrário do que vinha ocorrendo há tempos no país, prefere deixar a cidade natal, ou as capitais, por melhor ganho nas cidade do interior. É assim que acontece em Três Lagoas, por exemplo, que há dez anos experimenta um boom de desenvolvimento que a tem destacado dentre os Municípios brasileiros que mais crescem.

Tal cenário foi levantado pela reportagem da Rede Globo, por meio do Jornal Hoje, no bloco Sala de Emprego, na segunda-feira (03) passada. Nessa sessão, a jornalista-apresentadora sul-mato-grossense Veruska Donato, mostra que há muitas oportunidades de vagas no interior do Brasil e muita gente está deixando as capitais. Nos últimos anos, o perfil desse trabalhador mudou. Hoje quem deixa a cidade natal em busca de oportunidade são profissionais qualificados.

TERRA DAS OPORTUNIDADES

Três Lagoas vive um grande período de ascensão, ganhando destaque em âmbito nacional. Sendo conhecido como “Terra das Oportunidades”, o município fundado por Antônio Trajano dos Santos no início do século passado, hoje, ultrapassa a faixa de 100 mil habitantes, sendo a segunda cidade que mais gera emprego em Mato Grosso do Sul, por conta das grandes empresas que aqui se instalaram. A pecuária que antes era a principal atividade abriu espaço para o eucalipto e agora o Município ganha visibilidade ainda maior, se tornando a “Capital Mundial da Celulose”.
De acordo com a reportagem do Jornal Hoje, as duas maiores empresas de papel e celulose da região (Fibria e Eldorado) empregam juntas mais de 7 mil trabalhadores, em grande maioria no campo, sendo a produção de muda um dos setores que mais geram empregos.
 
As fábricas de celulose movimentam também a geração de empregos no campo, com a necessidade de reposição florestal através de mudas de eucalipto (Foto: Divulgação)As fábricas de celulose movimentam também a geração de empregos no campo, com a necessidade de reposição florestal através de mudas de eucalipto (Foto: Divulgação)

LOCALIZAÇÃO

O jornal cita ainda, que um dos fatores determinantes para atrair os novos investidores e conseqüente contratação de mão de obra, foi a localização estratégica na divisa com o Estado de São Paulo. Segundo o gerente de pessoas e serviços da Eldorado Brasil, Alberto Pius, a localidade favorece as empresas em questões de logísticas, como hidrovias, ferrovias e hidrovias.
Conforme a reportagem, as cidades do interior de nove estados geraram, de janeiro a setembro, quase 413 mil vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Esses estados são responsáveis por 70% das vagas de todo o Brasil: Bahia, Pará, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
O PIB do interior cresceu 49% nos últimos dez anos, quase 10 pontos percentuais a mais que o dos grandes centros urbanos. Em 2013, o interior desses estados gerou 552.071 empregos. As principais áreas de contratação são indústria, construção, comércio e serviços. A tradicional agricultura ficou de fora no ano passado.

CENTRO OESTE

No interior de Mato Grosso do Sul, as duas cidades com mais vagas abertas são Dourados e Três Lagoas. Nos últimos seis anos, Três Lagoas se tornou um pólo para a instalação de indústrias de papel e celulose. As duas maiores empresas da região empregam juntas mais de sete mil trabalhadores. A localização estratégica, na divisa com o estado de São Paulo, foi definitiva para atrair novos investidores.
A indústria aquece a contratação no campo. A produção de mudas é um dos setores que mais geram empregos. O auxiliar de serviços gerais Márcio Fernandes chegou do Nordeste há quatro meses para trabalhar em um viveiro de eucalipto: “Não tem muito serviço lá no Piauí, por isso eu vim pra cá. Aqui tem muita oportunidade, bem diferente do Piauí".
 
A produção de mudas é um dos setores que mais geram empregos, como garante o serviços gerais Marcio Fernandos, nordestino que está em Três Lagoas há quatro meses (Foto: Divulgação)A produção de mudas é um dos setores que mais geram empregos, como garante o serviços gerais Marcio Fernandos, nordestino que está em Três Lagoas há quatro meses (Foto: Divulgação)
A 450 quilômetros de Três Lagoas fica Dourados, a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, região onde o agronegócio é o forte da economia. Na região estão instaladas 16 usinas de açúcar e álcool. Elas processam mais de 80% da cana de açúcar produzida em Mato Grosso do Sul e juntas empregam mais de 16 mil trabalhadores.

SUDESTE

Pesquisa feita por uma empresa de recrutamento com mais de quatro mil trabalhadores mostrou que 88,3% dos entrevistados aceitariam uma proposta para trabalhar no interior de São Paulo. Com mais de 2,6 milhões moradores e 20 municípios, a Região Metropolitana de Campinas foi escolhida por mais de 32% dos entrevistados.
Entre os atrativos de Campinas estão a proximidade com a capital paulista, as boas universidades e um pólo industrial maior até do que de algumas capitais. Sozinha, a cidade responde por 15% de toda a produção científica do Brasil.
A especialista em tecnologia da informação Andrea Alves não teve dúvida e trocou a capital pela vida no interior. A empresa em que ela trabalha tem hoje 40 vagas abertas. “Eu gastava uma hora do meu trabalho para minha casa e achava isso normal. Aqui no interior tenho chance de morar em uma casa. O mundo era mais confinado lá”, relata.

NORDESTE

No Nordeste, o destaque é São Gonçalo do Amarante, no interior do Ceará. O Porto do Pecém atraiu muitas empresas para a cidade. Nos últimos quatro anos, 21,8 mil pessoas foram contratadas com carteira assinada, o que representa quase metade da população da cidade, que, antes, só recebia visitantes durante a alta estação.
As obras da companhia siderúrgica que está sendo instalada no local já geraram 10 mil empregos. São operários da construção civil até engenheiros super especializados. No ano que vem, a empresa deve abrir mais sete mil vagas. "Nós já estamos providenciando o transfer de mudança das pessoas e outros atrativos que nós vamos compensar um pouco para pessoa vir trabalhar conosco”, afirma Júlio Castro, gerente de RH.

NORTE

Três cidades do interior do Pará estão gerando mais vagas do que toda a Região Metropolitana de Belém. Desde o início da construção de Belo Monte, em 2011, os empregos se multiplicam. De janeiro a agosto, o município do sudoeste paraense gerou mais de 34 mil postos de trabalho.
Segundo o Dieese, a oferta de emprego no interior do Pará está em alta há pelo menos três anos. Em 2013, a região chegou a superar a Grande Belém na geração de postos de trabalho. Das 400 mil vagas abertas em todo o estado, 250 mil foram preenchidas fora da Região Metropolitana. Apenas três municípios - Altamira, Parauapebas e Marabá – concentraram 40% das contratações.
Nessas três cidades há grandes projetos nas áreas de mineração, energia e portuária, que somados aos setores de comércio e de serviços, abriram de janeiro a setembro deste ano 70 mil vagas para todos os níveis de qualificação profissional. Destas vagas, oito mil estão só nas obras de Belo Monte.

SUL

A cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, se transformou em uma importante cidade universitária e é a terceira cidade exportadora de cérebros, título que recebeu do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por causa do número de estudantes formados que saem da cidade para trabalhar em todo o Brasil.
Santa Maria só fica atrás de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ao todo, são sete instituições de ensino superior em uma cidade de apenas 300 mil habitantes. A maior delas é a Universidade Federal que tem um orçamento três vezes maior do que o município inteiro. São quase 30 mil alunos.
Em 2013, Santa Maria foi a quarta cidade gaúcha que mais gerou emprego: 2,8 mil, principalmente na prestação de serviços.
Fonte:Jornal Hoje G1

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